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OPINIÃO: Um novo processo de consumir

Estamos em uma nova era de fato. Os estilos, as escolhas e as preferências mudam ao longo do tempo. E a categoria "consumidor" também está em mudança. Se pensarmos em 30 anos atrás, tínhamos um tipo de consumidor. Hoje, a característica principal é de um comprador compartilhado. De fato, a forma de demandar produtos e serviços está em mutação. Vejamos alguns casos. O caso da empresa "Uber". O comprador do serviço "aluga" um bem que no caso é o veículo, moto, helicóptero, caminhão e etc., e o preço pago ao ofertante é a remuneração do serviço prestado.

O interessante é que a empresa prestadora de serviço não é proprietária do bem (carro e etc). Essa é grande mudança, a questão da propriedade, ou seja, a geração atual quer o serviço independente de quem seja o "dono" do produto. Isso é a nova tendência, a do compartilhamento entre as pessoas de bens e serviços.

Outro exemplo, o caso de venda através de sites, aplicativos e redes sociais de roupas. O processo do desapego. Aquilo que não usarei mais é disponibilizado a outros por um preço. Dessa forma, o preço cobrado reflete o serviço em si, e não o custo de produzir aquele vestuário. Muito inovador! E assim vem a pergunta: Então a produção destes produtos vai diminuir? Não necessariamente, vamos continuar a produzir carros, roupas e etc, apenas vai mudar a forma como será ofertado esses bens. Provavelmente, as grandes redes serão as proponentes de comercialização dos bens iniciais e posteriormente teremos uma nova forma de troca na cadeia do comércio. A forma será o compartilhamento. E, diga-se, o compartilhamento não é solidariedade, também visará ganhos monetários. É um negócio! De fato, essa grande mudança será impulsionada pela tecnologia. As novas gerações estão muito inseridas nesse processo. As empresas que não se adaptarem a esse novo cenário ficarão mais fragilizadas e não terão mercado. O Estado também vai ter que se adaptar a esse novo mundo. Veja o caso da Estônia, onde todos os serviços, orientações, processos e demais ofertas por parte do governo de lá são ofertados de forma digital. O morador local se relaciona, executa e busca os serviços de forma eletrônica. De fato uma grande revolução! Imagina isso em nosso pago?

Para isso, temos que ainda evoluir muito, tanto na demanda, mas, principalmente, na oferta disso. Os empresários terão que se reinventar. A sociedade como um todo também. É um novo paradigma que está a nossa volta. 

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